À chegada ao aeroporto de Bombaim, dirijo-me ao guichê dos táxis.
Perguntam-me se quero um carro com ou sem ar condicionado.
Será que não tenho cara de quem tem dinheiro para pagar um táxi com ar condicionado, pergunto-me eu agora?
- Sem ar condicionado!, respondi, afinal estavam 20 e poucos graus.
O parque de estacionamento era enorme, mas rapidamente percebemos o que nos ia acontecer. Ali, só havia carros de um modelo.
E cabemos aí os quatro? E as malas? Lá fomos nós, às três ou quatro da manhã, numa viagem louca, cruzando as vias rápidas a uns alucinantes 50 km/hora, numa carripana apertadinha, com uns bancos duros que se fartam, cabeça a bater no tecto, ombros esborrachados uns contra os outros, pés quentes do motor sobreaquecido, com as malas no tejadilho, em direcção ao hotel de cinco estrelas...
1 comentário:
Faltou contares que havia buracos na estrada, o tecto do "carrinho de choque" era muito baixo. Com cada buraco da "auto-estrada", logo após batermos com a cabeça no tecto baixo tinhamos de ir olhando se algumas das malas tinha caído do tejadilho...
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