quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Autocarro de dois andares



Ele há autocarros pequenos, grandes, articulados, panorâmicos, a gás, a biodiesel, até a hidrogénio! Mas por que raio acabaram com os autocarros de dois andares em Lisboa e no Porto? Ah?

O Phileas Fogg deve ter estado aqui!

Chhatrapati Shivaji Terminus
(anteriormente Victoria Terminus)
.

Por dentro é um autêntico destroço, e serve de camarata a alguns dos milhões de indigentes que vivem em Bombaim, mas por fora mantém a imponência. Pelo menos nas fotos fica bem…
Além do museu e da estação há mais sítios baptizados Chhatrapati Shivaji. Quem quiser saber mais é clicar AQUI.

O próprio Museu já é um Museu!


Chhatrapati Shivaji Maharaj Museum
(anteriormente Prince of Wales Museum of Western Índia)


Já viveu dias melhores mas a colecção tem peças muito interessantes. O audioguia, pelo menos a versão em espanhol argentino, é uma agradável surpresa.

A Volta ao Mundo em 80 dias

Relvado no centro de Bombaim - Vai um joguinho de críquete?
Ao fundo, a Universidade de Bombaim


Rua no centro de Bombaim



Sempre associei Bombaim (e Calcutá) à “Volta ao mundo em 80 dias”, de maneira que andava pelas ruas à espera de esbarrar no senhor Phileas Fogg.

Não encontrei Sir Phileas Fogg, claro está, nem o seu mordomo Passepartout, nem mesmo o inspector Fix, mas o cenário permanecia montado. O centro de Bombaim recorda-me Londres: a arquitectura vitoriana, a disposição das ruas, os circles, os grandes parques relvados, os autocarros de dois andares …

Uma Londres tropical e um pouco mais parda, é certo – tudo tem um ar degradado e poeirento. Mas um sítio com algum charme. Basta mudar as lentes…

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Só a primeira é que custa...


À chegada ao aeroporto de Bombaim, dirijo-me ao guichê dos táxis.


Perguntam-me se quero um carro com ou sem ar condicionado.


Será que não tenho cara de quem tem dinheiro para pagar um táxi com ar condicionado, pergunto-me eu agora?


- Sem ar condicionado!, respondi, afinal estavam 20 e poucos graus.


O parque de estacionamento era enorme, mas rapidamente percebemos o que nos ia acontecer. Ali, só havia carros de um modelo.


E cabemos aí os quatro? E as malas? Lá fomos nós, às três ou quatro da manhã, numa viagem louca, cruzando as vias rápidas a uns alucinantes 50 km/hora, numa carripana apertadinha, com uns bancos duros que se fartam, cabeça a bater no tecto, ombros esborrachados uns contra os outros, pés quentes do motor sobreaquecido, com as malas no tejadilho, em direcção ao hotel de cinco estrelas...